27 de mar. de 2011

Maracujá

NOME CIENTÍFICO: Passiflora edulis

NOMES POPULARES: maracujá, maracujá-de-suco, maracujá-azedo, maracujá-liso, maracujá-peroba, maracujazeiro, maracujá-ácido.

Várias espécies de maracujá, silvestres ou cultivadas, são tradicionalmente conhecidas no âmbito da medicina popular em quase todos os países ocidentais. Algumas estão incluídas nas Farmacopéias ou aceitas oficialmente para uso medicinal, como Passiflora alata e Passiflora incarnata.

A literatura etnofarmacológica registra o uso das folhas, dos diversos maracujás, na forma de chá, como calmante e suave indutor do sono. Passiflora edulis foi selecionada para estudo pelos especialistas brasileiros por ser cultivada em larga escala. Os estudos mais antigos, sobre planta, citam o harmano – alcalóide também conhecido pelo nome popular de passiflorina, como seu princípio ativo. Outro constituinte cuja presença foi determinada por sua análise fitoquímica é a cardioespermina, um glicosídeo cianogênico considerado inócuo quanto ao efeito sedante, porém que se transforma em ácido cianídrico tóxico por hidrólise, o que torna recomendável a fervura demorada do chá para eliminá-lo e evitar doses altas e, o tratamento repetido por longos períodos.

Novos estudos feitos com outra espécie de Passiflora citam a crisina, um flavonóide ativo com propriedades tranquilizante e miorrelaxante, semelhantes aos benzodiazepínicos. Noutro estudo foram identificados novos flavonóides livres e glicosilados, inclusive a isovitexina, mas sua eficácia e segurança ainda requerem comprovação científica. 

LORENZI, Harri; MATTOS, João Roberto Loureiro. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008. 544p.

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